Como os estilos de vidas alteram o modo de visualizar a produção e o próprio consumo
Por, Larissa Santana
Segundo o IBOPE (2012) cerca de 8% dos brasileiros, o
que equivale a cerca de 15,2 milhões de pessoas, são veganas, pessoas que excluem o uso de produtos
de origem animal. O dado mostra uma presença significativa do veganismo no país,
o que muda a concepção de produção e consumo.
Os veganos não são os únicos que devem averiguar previamente
suas aquisições, dentro desse quadro tem os vegetarianos, que eliminam da alimentação a
carne, minimalistas,
os quais buscam viver com o mínimo de meios e recursos, entre outros. Esses
projetos de vida, em sua maioria, envolvem mais que a alimentação, gira em torno do consumo, como a moda. Por mais que
não seja um assunto tão comentado a produção e descarte de roupas, geram
impactos ambientais, quando analisados em grandes escalas.
Visão vegana
(Foto reprodução)
A estudante de letras, Paola Silva, aos seus 19 anos, já é
uma adepta do movimento vegano. Atualmente é jovem aprendiz em uma empresa no
ramo de auditorias, além de já ter sido dona de um brechó digital.
Visão minimalista
A Isabel Alves, 24 anos, é formada em Design de Moda.
Trabalha sendo designer freelancer, possui um canal no youtube (IsabelAlves) e um brechó (Achadosda Isa). Ela conheceu o minimalismo por meio da internet, logo no
início, após algumas pesquisas adotou esse estilo de vida, isso já faz cerca de
3 anos.
(Foto reprodução)
(Foto reprodução)
Isabel com o look “uniforme pessoal”, que segundo ela Steve Jobs também usava a técnica para otimizar seu tempo... |
Qual era sua relação com o consumo anteriormente? Tem alguma
experiência ou acontecimento marcante?
Isabel Alves: Como
a maioria das pessoas, sem pensar muito no impacto e se precisava daquele item.
Tive uma experiência marcante, em uma exposição sobre diferenças entre o slow e fast fashion. Somente após pensei mais no meu
consumo.
Por que decidiu se tornar minimalista e o que significa esse
movimento para você?
Isabel Alves: Comecei
em 2015, ainda não era muito conhecido. Começou com um questionamento sobre de
quem comprava, o que estava apoiando, depois fui vendo os benefícios de ter uma
vida mais simples. Até realmente me considerar uma minimalista, foi um processo
lento! O minimalismo ajuda livrar os excessos, para que possa focar no que
realmente me importa, procurando a felicidade nas pequenas coisas.
Quais foram as principais dificuldades durante a
"adaptação"?
Isabel Alves: Minha
transição de estilo de vida foi feita de uma maneira lenta, não tive muitas
dificuldades no caminho, pois soube respeitar meu tempo! Mudei meus costumes.
Também, entender que minimalismo não é feito de regras, mas é variável a cada
pessoa!
Quais as principais mudanças, na rotina ou visão, o
minimalismo trouxe para sua vida?
Isabel Alves: Gasto
menos tempo, menos dinheiro com itens desnecessários. Só vejo benefícios para
minha vida… curtindo como ela é! Agora moro em um apartamento menor, não
preciso de faxineira. Invisto mais na minha alimentação e em atividades. Tudo
isso impacta positivamente.
Qual a sua opinião sobre o consumo em fastfashions?
Isabel Alves: O
modo de produzir não é sustentável e nem deve ser incentivado ao consumo. O
produto além de ser de baixíssima qualidade e duração, está envolvido com
práticas de trabalho insalubres. Sempre defendi o consumo de peças de segunda
mão e de marcas éticas locais.
Como a sua relação com sua identidade mudou após o
minimalismo?
Isabel Alves: Não
só em aderir o minimalismo. Hoje sou uma pessoa menos materialista, não me
deixo levar por impulsos de consumo, gasto meu tempo com o que me faz bem e
valorizo as coisas simples do dia a dia que antes passavam despercebidas.
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